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Um ano após a eleição no município de Moreno, a ex-candidata a vice-prefeita Karina Vieira de Macedo Ferreira (PL) ganhou causa na 1ª Vara Cível para retornar à função que ocupava na Unidade de Saúde da Família (USF). Ela foi companheira de chapa de Heitor de Enoque (PL), que perdeu a disputa para o prefeito Edmilson Cupertino (PP). Após o pleito municipal, Irmã Karina foi transferida para a Vigilância Epidemiológica, onde teve a gratificação de R$ 1.900 cortada e a carga horária reduzida.
Irmã Karina recorreu à Justiça alegando ter sido vítima de perseguição política, pois concorreu numa chapa de oposição. Por decisão judicial, a gestão municipal tem 30 dias para remover Irmã Karina para a USF e voltar a pagar a gratificação.
Na sentença, ficou evidente que a transferência para a Vigilância Epidemiológica ocorreu informalmente. Apesar de ser um direito da gestão fazer esse tipo mudança, é exigida a publicação de ato administrativo. Como a gestão não formalizou na época, a troca de função foi anulada.
Irmã Karina comemorou o resultado como sendo um ato em defesa da legalidade e do respeito aos servidores municipais. “A Justiça foi feita. Essa vitória não é apenas minha, mas de todos que acreditam que o trabalho e a dignidade devem estar acima da política”, declarou a servidora.
PREFEITO
O prefeito Edmilson Cupertino garantiu ao Blog Dantas Barreto que “não houve perseguição política” contra Irmã Karina. Segundo ele, a servidora “fez concurso para a Secretaria de Saúde e não para a USF”. “Vamos acatar a decisão da Justiça porque realmente houve um erro da Secretaria de Saúde, que não fez a transferência de forma legal. E como o juiz não determinou pagamento retroativo, não há necessidade de recorrer porque não há prejuízo para o município”, disse.
O gestor, contudo, adiantou que haverá mudanças na Saúde, em janeiro de 2026, e Irmã Karina pode sair da USF novamente. “A partir de janeiro, vamos ver o que faremos, tudo dentro das formalidades legais”, avisou Edmilson Cupertino.