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Caiu por terra os argumentos dos parlamentares bolsonaristas de que o projeto alternativo para anistiar apenas quem participou dos atos de janeiro de 8 de janeiro de 2023. Os áudios revelados pela Polícia Federal deixam claras as reais intenções do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas articulações com o governo dos Estados Unidos para aplicar o tarifaço de 50% nos produtos brasileiros. A conversa entre ele e o pastor Silas Malafaia não deixa dúvidas: “Malafaia, o que eu mais tenho feito é conversar com pessoas mais acertadas no tocante que, se não começar votando a anistia, não tem negociação sobre tarifas. Não adianta um ou outro governador querer ir para os Estados Unidos, para embaixada, tentar sensibilizar. Não vai conseguir. Da minha parte, é por aí. Resolveu a anistia, resolveu tudo. Não resolveu, já era”. A proposta tramita na Câmara Federal e a colocação em pauta foi um dos principais motivos do motim feito pelos deputados e senadores, no dia 4 deste mês, com o retorno dos trabalhos após o recesso. Se o presidente do Legislativo, Hugo Motta (Rep-PB), já não tinha interesse em tirar o projeto da gaveta, agora é que se manterá firme com esse propósito. Os áudios divulgados mostram bem parte do jogo por trás da luta para permitir que Bolsonaro possa disputar a Presidência da República em 2026. Anteontem, o liberal foi indiciado e hoje seus advogados apresentam a defesa em relação à quebra das medidas cautelares que o levaram à prisão domiciliar. Em Brasília tem um local na PF que já chamam de “cela de Bolsonaro”.
Haja palavrões!
O linguajar das conversas reveladas pela PF entre o pai Jair Bolsonaro e o filho Eduardo e também do pastor Silas Malafaia chamam a atenção. Para os Bolsonaro os termos de baixo calão são até normais, porque o ex-presidente nunca escondeu seu estilo de falar, até nas entrevistas. Mas, para o pastor, pegou mal.
Perda de mandatos
Palmares é mais um município que vereadores perderam mandatos por fraude na cota de gênero. Dessa vez o partido atingido foi o PSD, que ficou sem os cinco parlamentares eleitos no ano passado. A Justiça Eleitoral fará nova contagem de votos para recompor a Câmara.
Promete contra-ataque
A situação do então assessor especial Manoel Medeiros ficou insustentável, após o bombardeio do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB). Ele não tinham como continuar na Assessoria Especial do Governo do Estado. Pediu demissão, mas avisa que terá contra-ataque.
Batalha épica na Alepe
A semana de embates entre governistas e oposição, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, teve pontos altos e baixos para os dois lados. Teve jogadas políticas às vistas e nas caladas, ações judiciais e denúncias graves. Hoje é o último dia útil da semana e tudo ainda pode acontecer. Essa batalha tem reservado muitas surpresas.