Foto: Miguel Schincariol / AFP
Do Correio Braziliense
O pastor Silas Malafaia chamou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de “babaca” e “inexperiente” em uma mensagem de áudio enviada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 11 de julho de 2025.
O diálogo foi recuperado do celular de Bolsonaro pela Polícia Federal. Nesta quarta-feira (20/8), os arquivos foram divulgados após a PF indiciar Bolsonaro e Eduardo por coação na ação penal de golpe de Estado, processo no qual o ex-presidente é réu.
“Desculpa, presidente (Bolsonaro). Esse seu filho Eduardo é um babaca inexperiente que está dando a Lula e a esquerda o discurso nacionalista, e ao mesmo tempo te ferrando”, começa o pastor em um dos áudios.
“Um estúpido de marca maior. Estou indignado! Só não faço um vídeo e arrebento com ele por consideração a você. Não sei se vou ter paciência de ficar calado se esse idiota falar mais alguma asneira”, completou.
Em outro áudio, Malafaia parabeniza o senador Flávio Bolsonaro por defender a anistia, mas logo volta a criticar Eduardo. “Dei-lhe um esporro (no Eduardo), mandei um áudio pra ele de arrombar. E disse pra ele, a próxima que tu fizer eu gravo um vídeo e te arrebento. Falei pro Eduardo. Vai pro meio de um cacete. O cara parecendo contra você”, diz.
Malafaia investigado
O pastor Silas Malafaia foi alvo de operação de busca e apreensão no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos aparelhos celulares de Silas Malafaia.
Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a operação ocorreu no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de obstrução do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Pastor responsável pela Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Malafaia é um dos aliados mais próximos de Bolsonaro.
Além disso, foram executadas pela PF medidas cautelares, entre elas a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados, como Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. Na operação, o pastor Malafaia foi abordado por agentes federais no aeroporto do Galeão ao pousar depois de uma viagem a Portugal.