Foto: Blog Dantas Barreto
Em algumas ocasiões as principais lideranças do PT em Pernambuco afirmaram que as alianças estaduais para as eleições de 2026 serão definidas conforme a orientação nacional do partido. Entre as quais o posicionamento do PT em relação às candidaturas da governadora Rachel Lyra (PSD) e do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Neste domingo (27), o pré-candidato a presidente nacional do PT pela CNB, Edinho Silva, disse que confia na decisão do futuro diretório estadual quanto ao palanque do próximo ano. No entanto, como há divergências na própria CNB, dificilmente a definição ficará restrita ao comando do pernambucano.
“Não sou presidente ainda, mas quando for, vou repetir o que vou dizer agora. Tenho plena confiança na direção do PT de Pernambuco. Tem maturidade, acúmulo político, tem lideranças que conduzem sempre bem os rumos do PT. Tenho certeza de que a direção estadual saberá construir a melhor tática eleitoral possível”, disse Edinho Silva. Ele também deixou claro que a prioridade será reeleger o senador Humberto Costa.
Porém, há três nomes disputando a presidência estadual: o deputado federal Carlos Veras, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, e Sérgio Goiana. Há uma tentativa de unificar a CNB em torno de apenas um desses três. A partir daí, terá início o debate interno sobre as eleições de 2026 e há quem defenda que o presidente Lula tenha dois palanques em Pernambuco, na sua campanha a reeleição.
Teresa Leitão garantiu que o PT não ficará neutro na disputa estadual e lembrou que, no momento, quem apoia declaradamente Lula é João Campos. Na sua opinião, sinalizar apoio não significa aliança, se referindo à aproximação da governadora Raquel Lyra com o presidente da República, principalmente depois de ter trocado o PSDB pelo PSD, que é um partido da base aliada. Teresa lidera o grupo que defende a candidatura de João Campos ao Governo de Pernambuco.
“Uma coisa é estar de corpo, alma, mente e coração. A outra coisa é sinalizar. Hoje, quem disse que está com Lula hoje, amanhã e no dia da eleição é o prefeito João Campos. Então, a definição formal realmente só se dará em 26. Mas será uma definição pautada na discussão nacional”, assinalou a senadora.
Já opinião do deputado estadual João Paulo, “o melhor caminho é que tenha duas ou três candidaturas que garantam a reeleição de Lula”. O petista salientou que a estratégia em Pernambuco será tomada pela direção nacional.
Aliado do Governo na Assembleia Legislativa, João Paulo disse que já é possível observar “uma melhora significativa de Raquel”. O deputado ressaltou que a governadora tem condições de chegar com ações em todas as cidades de Pernambuco, enquanto João Campos fica restrito ao Recife.
Além disso, alertou sobre a aliança entre o PSB e os bolsonaristas na Assembleia. João Paulo ressaltou que as principais três comissões do Legislativo tem nomes muito conservadores, fruto desse acordo com os socialistas e que isso não tem nada a ver com o projeto do PT.
Pré-candidato a presidente estadual do PT, o deputado federal Carlos Veras evitou cravar o lado que o partido deverá tomar em 2026, e disse que será importante que o comando nacional reconheça a decisão que for tomada em Pernambuco. “Os deputados estaduais têm relação com a governadora. O que é bom para os trabalhadores, votam a favor, e votam contra no que for prejudicial. A gente precisa é ajudar a reeleição de Lula. Minha posição é que seja o melhor para Pernambuco”, disse o parlamentar.
