Foto: Evelson de Freitas/Folhapress
Do Congresso em Foco
O arcebispo dom Hélder Pessoa Câmara passará a integrar o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A inclusão foi oficializada pela Lei 15.242, sancionada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e publicada nesta quarta-feira (29) no Diário Oficial da União.
Nascido em 1909 em Fortaleza (CE), Dom Hélder Câmara foi bisco e arcebispo emérito de Olinda e Recife. Foi na capital pernambucana que veio a falecer, em 1999, aos 90 anos de idade.
O religioso se distinguiu na defesa de causas sociais e dos direitos humanos. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que teve papel importante no enfrentamento à ditadura militar no Brasil.
“Se dou pão aos pobres, todos me chamam de santo. Se mostro por que os pobres não têm pão, me chamam de comunista e subversivo”, dizia o bispo de acordo com o portal Memórias da Ditadura.
Amplamente conhecido como “Dom da Paz”, recebeu quatro indicações ao Prêmio Nobel da Paz e foi agraciado com inúmeros prêmios nacionais e internacionais. Sua produção literária ultrapassa 20 livros publicados.
Recebeu o título de Doutor Honórios Causa no Brasil, EUA, Bélgica, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Estados Unidos.
Também foi agraciado como cidadão honorário de 28 cidades brasileiras e outras duas estrangeiras, a cidade de São Nicolau, na Suíça, e Rocamadour, na França. Além disso, ganhou o Prêmio Martin Luther King, nos EUA, e o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, que procuraram reparar a injustiça pelo fato de nunca ter ganho o Prêmio Nobel da Paz.
Livro de aço
Criado em 1992, o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria reúne, em páginas de aço, nomes e breves biografias de personalidades homenageadas. Considerado patrimônio cultural material do Brasil, o monumento pode ser visitado e manuseado pelo público. Ele está em exposição permanente no Panteão da Pátria, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
