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O suposto vazamento de três questões do Enem 2025, revelados nesta semana, levou o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede) a solicitar uma investigação à Procuradoria Regional da República da 4ª Região. O caso já vem sendo apurado pela Polícia Federal, inclusive o responsável foi o estudante de Medicina Edcley de Souza Teixeira. Ele nega ter vazado, mas as três questões foram anuladas.
A PF foi acionada pelo Inep para apurar a autoria e a conduta na divulgação das questões semelhantes às aplicadas. O objetivo é verificar possível quebra de sigilo ou má-fé na divulgação de itens que pertencem ao Banco Nacional de Itens.
Túlio pede que seja apurado se o caso configura o crime de Fraude em Certame de Interesse Público (art. 311-A do Código Penal) e violação de sigilo, uma vez que a divulgação das questões resultou em impacto direto sobre a isonomia e a segurança do exame.
“Estamos requerendo uma investigação oficial para esclarecer se a divulgação das questões, que causou a anulação de parte da prova, configura crime e violou o sigilo do Enem. Precisamos chegar aos responsáveis, sem transformar o caso em uma guerra de narrativas, mas garantindo que a integridade do exame seja totalmente preservada”, afirma Gadêlha.
O deputado protocolou um requerimento de informações ao MEC, solicitando dados sobre o andamento das apurações conduzidas pela Polícia Federal e quais medidas preventivas estão sendo planejadas para evitar novos episódios.
O caso veio à tona quando foi descoberto que Edcley Teixeira fez uma live exibindo seis questões quase idênticas, cinco dias de o exame ser aplicado. Mas três foram anuladas. O estudante garante que não vazou, mas que utilizou memorização de perguntas do Prêmio CAPES Talento Universitário, análises próprias da Teoria da Resposta ao Item (TRI), suposta “engenharia reversa” dos padrões do Enem, acompanhamento de chamadas públicas e de perfis de professores que elaboram itens. Edcley presta serviços de mentoria e consultoria para vestibulandos.
