Foto: Blog Dantas Barreto
Apesar de ter perdido a liderança do PSDB e ser retirada da CCL e das comissões de Finanças e Administração da Assembleia Legislativa, a deputada Débora Almeida disse que continua no PSDB para defender o Governo de Raquel Lyra (PSD). Quanto à possibilidade de trocar de partido, a parlamentar disse que tem prazo para isso, na janela que será aberta em março de 2026. Ela poderia ter a prerrogativa de se desfiliar sem risco de perder o mandato, sob o argumento de que foi o PSDB que mudou de posição, após as eleições.
Nesta segunda-feira, a Executiva Estadual do PSDB decidiu que a bancada será independente e o novo líder na Alepe é Diogo Moraes. Ele, junto com o presidente da Casa, Álvaro Porto, são de oposição. Débora e Izaías Régis continuam na base governista.
“Falta tão pouco tempo para a janela. A gente vai permanecer até pela falta de respeito que essa casa está tendo”, disse Débora, após o resultado da reunião da Executiva, da qual participou e foi voto vencido ao defender a continuidade do PSDB na base governista. A expectativa é que a deputada migre para o PSD, que é presidido pela governadora Raquel Lyra.
“Eu sou governista, estou ao lado de Raquel desde o início. Estou aqui pra defender as oportunidades e as condições para que ela possa trabalhar e fazer as obras estruturadoras que Pernambuco precisa”, enfatizou a deputada.
Débora lamentou ter sido retirada das comissões, principalmente da CCLJ. “Gostaria de continuar, até porque sou bem atuante nas comissões, sempre muito presente. Mas, se não estão querendo meu trabalho lá, eu vou trabalhar em outros lugares agora”, assinalou.
CPI DA PUBLICIDADE
Débora Almeida voltou a afirmar que não faz mais sentido levar adiante a CPI da Publicidade, da forma como foi criada. Segundo ela, todas as decisões da Justiça e do Tribunal de Contas do Estado anularam os objetos que motivaram o pedido de investigação.
“A gente tem uma decisão de mandato de segurança que suspende, inclusive, anula o ato do vice-presidente Rodrigo Farias para reabrir o prazo das indicações de novos membros. O próprio Tribunal de Justiça disse que isso seria ilegal. Não seria válido e descumpre a Constituição”, salientou Débora.