Alguns prefeitos pernambucanos decidiram cortar parte dos seus salários, dos vices e de secretários para ajustarem as contas municipais. Grande parte das cidades é de médio e pequeno portes e vivem basicamente do FPM e dos repasses de ICMS. E nesses meses a queda do FPM é maior, só melhorando em novembro e dezembro. Luciano Torres (PSB), de Ingazeira, já avisou que o corte será de 10%. “Estamos fazendo algumas contenções para ajustar as contas. O FPM cai, mas as despesas aumentam, relata o socialista, lembrando que a média da arrecadação é em torno de R$ 600 mil, porém a folha de pagamentos chega a quase R$ 400 mil e o duodécimo da Câmara de Vereadores é de R$ 100 mil. Torres diz que a ajuda vem das emendas parlamentares para poder investir na cidade que tem 4.800 habitantes. Pedro Alves (PSD) é outro com salário reduzido junto com sua equipe. Além da diminuição do FPM, o prefeito de Iguaracy se preocupa com as consequências na economia do País devido ao tarifaço dos Estados Unidos, que também poderá atingir os municípios pequenos. “Administro uma cidade com 12 mil habitantes, mas que tem área de 900 km2. Temos uma unidade mista que recebe R$ 18 mil, só que tenho de aportar R$ 200 mil e ainda tem R$ 100 do duodécimo da Câmara Municipal”, lamenta Pedro Alves.
Empolgação x Planejamento
Especialistas em municípios avaliam que os cortes salariais anunciados por prefeitos também têm a ver com falta de planejamento e desconhecimento sobre a queda do FPM, neste período do ano. Houve até aumento desses recursos, porém os gestores novatos, principalmente, teriam se empolgado no início dos mandatos. Mas também é verdade que as despesas são altas e o Governo Federal não reajusta os repasses.
Cabo de guerra
A proposta de anistia para quem participou de atos antidemocráticos continua sendo motivo de discussão no Congresso Nacional. E até o governador Tarcísio de Freitas (Rep-SP) entrou no circuito. A base aliada ao Governo Lula continua fincando pé para não deixar que avance.
Pix para Bolsonaro
Mensagem nas redes sociais pede doação via Pix de R$ 1,00, no dia 7 de setembro. Os apoiadores de Jair Bolsonaro querem ajudá-lo a pagar os advogados. “Vamos mostrar ao Brasil e ao STF que o nosso voto e o nosso candidato em 2026 será Jair Messias Bolsonaro”, diz o texto.
Luta partidária por teto
Cobrar moradia digna é justo, o problema é quando esse assunto se mistura muito com política. O líder da ocupação no Colégio Americano Batista, Davi Lira, é o mesmo que pôs famílias em risco, inclusive crianças, na invasão a prédios condenados no bairro de Piedade, em Jaboatão, no ano de 2023. Em 2024 foi candidato a vereador pelo PT. Davi agora está filiado ao PSB.