Foto: Vaticano / Divulgação
Do Correio Braziliense
A escolha do sucessor do papa é realizada quando o líder da igreja católica renuncia ou morre. A eleição foi instituída, em 1274, no século 13, no pontificado de Gregório X. Antes, o líder da igreja católica era o bispo de Roma. Na ocasião, cardeais se reúnem em uma assembleia na Capela Sistina, no Vaticano, denominada conclave – termo de origem latina, “cum clavis”, cujo significado é “fechado à chave”.
Apesar de ser um processo com regras bem rígidas, ao longo dos mais de dois mil anos de história, as modalidades para a designação de um pontífice foram alteradas diversas vezes. Atualmente, as regras eleitorais são regidas pela constituição apostólica “Universi Domini Gregis”- documento datado de 1996 e conta orientações do papa João Paulo II.
Quanto ao colégio eleitoral, o grupo é formado por no máximo 120 cardeais e podem participar aqueles que têm até 80 anos. Desde 1621, o voto é secreto e impresso. A legislação também estabelece a obrigação de segredo sobre o que ocorreu durante o conclave.
Os cardeais iniciam o conclave entre 15 e 20 dias após a morte ou renúncia de um papa. A cerimônia começa com um cortejo da Capela Paulina até a Capela Sistina, onde as portas são então trancadas e as chaves são retiradas. O isolamento é garantido pelo cardeal camerlengo, no interior, e pelo prefeito da Casa Pontifícia, no exterior.
Durante o processo eleitoral, os cardeais realizam duas votações pela manhã e duas à noite. A cada votação, um fogareiro instalado na Capela Sistina sinaliza o resultado à multidão na Praça de São Pedro e à imprensa. Fumaça preta indica que nenhum eleito foi escolhido, enquanto fumaça branca anuncia a escolha de um novo Papa.
O cardeal que obtiver dois terços dos votos é eleito. Se houver impasse, uma votação por maioria absoluta pode ser realizada. Após o resultado, o decano dos cardeais pergunta ao eleito se aceita a eleição. Caso haja aceitação, ele assume imediatamente o pontificado e escolhe seu nome como Papa.