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Cid confirma depoimentos à PF e a existência de grupos da trama golpista

Foto: Rosinei Coutinho/STF

Do Correio Braziliense

O primeiro a ser interrogado sobre a tentativa de golpe de Estado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, confirmou, nesta segunda-feira (9/6), a veracidade dos depoimentos à Polícia Federal sobre a trama para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

O ex-ajudante de ordens confirmou a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os réus de tramar um golpe de Estado no país é verídica, e que ele “presenciou grande parte dos fatos, mas não participou deles”. O militar também negou ter sido coagido e ressaltou que a delação foi voluntária.

HACKER

Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu, no Palácio do Planalto, em agosto de 2022, o hacker Delgatti Neto — condenado junto a deputada Carla Zambelli (PL-SP) por invasão ao sistema do Judiciário. O militar disse que eles conversaram sobre possíveis fraudes no sistema eleitoral brasileiro e que o ex-chefe do Executivo encaminhou o homem para uma reunião com “um general”. 

Cid afirmou que o encontro ocorreu por intermediação de Zambelli. Na ocasião, Bolsonaro questionou se era possível invadir o sistema de votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “O único hacker que esteve com o presidente foi o Delgatti Neto. Ele estava levantando as hipóteses e tentando descobrir como poderia acontecer essa fraude”, relatou.

MINUTA DO GOLPE

Mauro Cid confirmou em resposta ao ministro Alexandre de Moraes que Bolsonaro leu e pediu alterações na chamada minuta golpista, com medidas extremas para anular o resultado das eleições presidenciais de 2022 e manter a chapa derrotada no poder. Segundo o ex-ajudante de ordens da Presidência, Bolsonaro solicitou a retirada do trecho que previa a prisão de autoridades, exceto para Moraes.

O ex-braço direito de Bolsonaro disse que o documento era composta por duas partes. A primeira listava possíveis interferências do STF e do TSE no governo bolsonarista e no processo eleitoral. A segunda trazia uma fundamentação jurídica com propostas como estado de defesa, estado de sítio, prisão de autoridades, a criação de um conselho eleitoral e um comitê de crise para refazer as eleições.

MARINHA

Ao confirmar a participação do ex-comandante da Marinha Almir Garnier como incentivador da tentativa de golpe de Estado, o tenente-coronel Mauro Cid classificou o almirante como um dos “mais radicais” entre os chefes das Forças. Segundo o ex-ajudante de ordens da Presidência, o réu teria colocado as tropas “à disposição” de Jair Bolsonaro para a tomada do poder.

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