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Boulos pede prisão de Marçal após divulgação de suposto laudo de uso de drogas

Fotos:Ed Alves/CB/D.A Press

Do Correio Braziliense

A corrida eleitoral da maior cidade do país teve mais um episódio de agressividade, nesta sexta-feira (4/10), a menos de dois dias do pleito eleitoral. Após debate transmitido pela Globo, na noite de quinta-feira (3/10), em que Guilherme Boulos (Psol) mostrou um exame toxicológico negativo para uso de drogas, o candidato Pablo Marçal (PRTB) voltou a fazer acusações e divulgou um encaminhamento médico de 2021, supostamente atribuído a Boulos, que atesta surto psicótico e uso de cocaína. 

No suposto documento publicado por Marçal, o RG de Boulos tem um número a mais do que o padrão e o laudo conta com erros de ortografia. O médico José Roberto de Souza, que assina o atestado, morreu no ano seguinte, em 2022, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM). 

A publicação de Marçal foi removida pelo Instagram, segundo postagem feita pelo ex-coach na rede social. “O Instagram removeu a minha publicação. Parabéns pela democracia de esquerda”, escreveu.

Em nota, a equipe de Guilherme Boulos pediu que Marçal seja criminalizado pela divulgação do suposto documento que, segundo o texto, seria falso. “Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral”, escreveu.

Em resposta, Boulos publicou os dados da clínica e afirmou que o responsável legal, Luiz Teixeira da Silva Junior, é apoiador de Marçal. O psolista ainda publicou uma captura de tela de uma publicação em que o médico aparece ao lado do candidato do PRTB. O perfil do médico (@dr.luiz.teixeira) aparece como privado no Instagram.

Na postagem, o representante do Psol ainda compartilhou foto publicada por ele em 20 de janeiro de 2021, um dia após a data do laudo, em que aparece em ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) na Favela do Vietnã, Zona Sul da capital paulista.

MÉDICO CONDENADO

Luiz Teixeira da Silva Junior, o dono da clínica Mais Consulta, foi condenado pela Justiça Federal como falsário, após ser denunciado pelo Ministério Público Federal, em 19 de dezembro de 2017.

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