Foto: Rafael Vieira/DP
O presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro (PSDB) revelou, nesta segunda-feira (9), a ligação da governadora Raquel Lyra (PSD), na semana passada, que segundo ele foi tom autoritário, cobrando a aprovação dos projetos de interesse do Governo de Pernambuco. Porto contou o teor da conversa, durante a audiência com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintepe), na qual participaram vários representantes da categoria. Ele garantiu que pautará novamente o projeto de reajuste salarial, na sessa desta tarde, e espera que a bancada governista compareça para aprovar, a contrário do que ocorreu na semana passada.
“Quanto a essa questão da governadora dizer que vai ligar para o presidente, acho que a pessoa tem que dar um telefonema, principalmente, quando é chefe dos poderes, do Governo do Estado e do Poder Legislativo…Não divulguei em momento algum o telefonema da senhora governadora. Falei com os deputados, presidentes das comissões, pedi que não divulgassem. Meia hora depois no dia em que ela falou comigo, foi para a imprensa. Quando a gente quer negociar, quer chegar a um consenso para resolver as coisas, não é um telefonema com autoritarismo, querendo botar ordem nesta Casa, não. Foi o que aconteceu”, contou Álvaro Porto.
O presidente da Alepe disse que a primeira palavra de Raquel foi: “Eu quero que amanhã sejam colocados em votação os projetos, é para aprovar”. “Aí eu disse: ‘opa, vamos conversar’. Eu disse à governadora que conversaria com os presidentes das comissões para saber o andamento desses processos”, continuou.
Porto enfatizou que “não foi um telefonema para conversar, foi para dar ordem”. “E aqui nesta Casa tem os deputados para resolver as coisas. Está ligando com autoritarismo a gente não vai admitir”, disse.
O deputado disse à presidente do Sintepe, Ivete Caettano, e aos professores que a Assembleia Legislativa está cumprindo seu papel. “Espero que hoje à tarde dê quórum”, assinalou Álvaro Porto. Além do reajuste, estão sendo pautados projetos do TCE, TJPE e a indicação de Moshe Dayan para presidente da Adagro e pautas extraordinárias porque a Ordem do Dia está travada.
