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Alianças do PT serão construídas dialogando com Raquel Lyra e João Campos, dizem dirigentes

Foto: Melissa Fernandes/DP

O 17º Encontro Estadual do PT, realizado no Recife, neste domingo (24), teve a posse do deputado Carlos Veras como presidente e também do novo diretório, que terá mandato de quatro anos. No entanto, o principal questionamento foi em relação às alianças eleitorais de 2026, entre as futuras candidaturas ao Governo do Estado de Raquel Lira (PSD) e do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Apesar de haver cobranças em discursos, nenhum dirigente cravou qual será a decisão do partido.

Presente no ato político, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, ressaltou aliança que o PSB tem com o presidente Lula, mas também lembrou que o PSD faz parte da base aliada do governo federal .

“Temos um diálogo muito sólido com João Campos, mas a construção da tática eleitoral aqui nós temos que lidar com muita cautela, porque também o PSD é um partido aliado do presidente Lula. Claro, é inegável a nossa aliança histórica com o PSB. Mas também nós temos que construir com cautela, ouvindo as nossas lideranças do Estado de Pernambuco. Nós não vamos construir nenhuma posição sem ouvir as lideranças do Estado de Pernambuco”, garantiu Edinho.

Questionado sobre a divisão dos petistas pernambucanos entre Raquel Lyra e João Campos, o presidente do partido optou por avaliar do ponto de vista institucional. “O deputado estadual não tem porque trabalhar contra o povo do Pernambuco. Se o projeto é bom para o Pernambuco, se o projeto é bom para a população, por que o PT vai trabalhar contra o povo? Ao contrário, nós temos que ajudar. Essa tem sido a nossa postura em todos os lugares. Sempre colocar no primeiro plano os interesses da comunidade”, assinalou.

Na avaliação da senadora Teresa Leitão, que é defensora do apoio a João Campos, essa situação “é muito ruim”. Em seu discurso, ela cobrou abertamente a necessidade de o PT ter um rumo na disputa pelo Governo. Principalmente, pelo fato de os petistas terem cravado que a vaga na majoritária será com o senador Humberto Costa.

“A gente vai deixar Humberto solto para escolher quando? Para que lado o PT vai? Qual a tática eleitoral para o PT em 2026, qual o melhor palanque para eleger o presidente Lula? É este o desafio que esta gestão está em mãos e eu espero que não enrole para que abra esse debate com a base. Eu espero que a gente analise, não apenas dados de pesquisa, que são um indicador, mas não são os únicos. Nessa chapa, qual será a nossa condição de ampliar a nossa bancada federal, de ampliar a nossa bancada estadual para a gente poder dizer: ‘protagonismo é isso’?”, questionou Teresa Leitão, diante dos dirigentes.

Ao ser empossado, o novo presidente do PT pernambucano, Carlos Veras assegurou que haverá muito debate interno para definir o palanque em 2026. Segundo, quantos mais candidatos ao Governo do Estado apoiarem a reeleição do presidente Lula, melhor.

“A vaga do Senado Federal é do PT, é Humberto Costa nosso candidato. Nós vamos continuar trabalhando em torno disso. Mas não é sentar na mesa de negociação. Quando conversar com os partidos, é simplesmente dizer: “Tá aqui a vaga do Senado, é Humberto”, observou Veras.

O dirigente disse que “queremos saber o que a gente quer para segurança pública, para educação, para saúde, para infraestrutura, para assistência social”. “Nós vamos chegar com a plataforma, com proposta para sentar na mesa. Quem quer governar Pernambuco, tem sintonia, quer incluir nas suas propostas o seu plano de governo, o que pensa o PT e o que defende o PT para Pernambuco? Nós estamos juntos. Não queremos um senador numa chapa que o outro seja um fascista, um bolsonarista. Não vamos admitir esse tipo de aliança. Tem que ser do campo progressista, juntando as forças que defendem o presidente Lula”, avisou.

Carlos Veras preferiu não falar em palanque duplo de Lula, no Estado, como se cogita, pela proximidade de Raquel Lyra com o presidente e a aliança entre PSB e PT. “Se todo mundo que for candidato ao Governo de Pernambuco quiser fazer e pedir voto para o presidente Lula, a gente quer, porque a gente sabe que governar Pernambuco precisa ter Lula presidente, porque não há quem mais ajude Pernambuco do que o presidente de Lula. Por isso, a gente tem que estar junto nessa caminhada. Nós vamos conversar, nós vamos dialogar, nós vamos construir dentro da Federação Brasil da Esperança”, assinalou o deputado.

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