Os produtores de frutas do Vale do São Francisco estão comemorando muito o fim da taxa extra de 40% para os produtos que os Estados Unidos importam do Brasil. No entanto outros setores continuam à espera da ampliação desses acordos para que, pelo menos, voltem aos 10%. Entre os quais estão os produtores de açúcar das regiões Norte e Nordeste, que são os responsáveis por abastecer o mercado norte-americano. O presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, está programando reuniões, nos próximos dias, com o Itamaraty e Ministério da Agricultura para pedir uma atenção maior ao setor. “São 270 mil empregos diretos no Nordeste e com os indiretos são um milhão, e 280 municípios envolvidos na produção da cana e do açúcar. Está na hora de incluir no acordo para acabar essa sobretaxa de 40%. Queremos isonomia”, ressalta Renato. Segundo ele, até o momento, foram exportadas 60 mil toneladas para os EUA com prejuízo, pois metade do valor é de tarifa. E ainda faltam 90 mil ton para alcançar a cota de 150 mil que os americanos importam do Brasil para suprir uma parcela do déficit de 2,4 milhões de toneladas nesta época. Devido a isso, parte da produção está sendo estocada na expectativa da normalização do comércio do açúcar entre os dois países. O presidente do Sindaçúcar defende que o produto atende ao critério de alimentos essenciais, apesar de os EUA produzirem o açúcar.
Prejuízo continua
Renato Cunha destaca que, apesar do fim desse tarifaço de 40% para carne, café e frutas, os produtores continuam no prejuízo porque a isenção se refere ao período a partir de 13 de novembro. Ou seja, não há compensação para as cobranças anteriores. O mesmo acontecerá com o açúcar, se houver acordo.
Agora é o Gás do Povo
Nessa segunda-feira, o presidente Lula (PT) lançará o programa Gás do Povo, visando beneficiar cerca de 15 milhões de famílias. Será por etapas até março de 2026. O iniciará por Recife, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre e São Paulo.
Futuro partidário
Marília Arraes (SD) e João Campos (PSB) conversaram e deram um basta nas especulações sobre rompimento. Mas o futuro da ex-deputada continua indefinido, inclusive partidário. O Solidariedade não tem estrutura e ela já teria recebido convites do MDB e PDT.
Nova reunião prevista
Está prevista para segunda-feira outra reunião entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e sua base aliada para tratar das pautas polêmicas da Assembleia Legislativa. Por orientação palaciana, a bancada governista esvaziou o plenário, nesta semana, e há possibilidade de o ritmo ser o mesmo nos próximos dias. Estão no gatilho as PECs 30 e 31 e isenções do IPVA.