Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O presidente Lula reuniu seus líderes do Governo para tentar arrumar a relação com o Congresso Nacional. As derrubadas de vetos dele e aprovação de um veto do ex-Jair Bolsonaro (PL) causou muita irritação ao petista. A questão é que ele procurou afagar partidos do Centrão com ministérios, porém não conta com votos em questões primordiais, na visão dele. Líder do Governo na Câmara Federal, o deputado José Guimarães (PT-CE) disse à CBN que “falta uma dose de lealdade”. O cearense garante que mais de 90% dos projetos do interesse do Palácio do Planalto foram aprovados. O problema, como Guimarães reconhece, está nas propostas referentes aos costumes e segurança, que são bandeiras dos bolsonaristas. O deputado disse que Lula pediu para os líderes dos partidos serem procurados a fim de ser feito um alinhamento e, assim, colocá-los nos eixos. Afinal, ainda faltam dois anos e meio para terminar o mandato do presidente e se essa relação com o Congresso não melhorar, a situação ficará mais difícil. Haja vista a popularidade de Lula que continua patinando. De acordo com José Guimarães, o responsável pelas conversas com os líderes dos partidos é o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Eu não sou líder no Senado e nem no Congresso. Sou líder do Governo na Câmara”, enfatizou. Lembrando que, no meio do caminho do mandato de Lula, tem as eleições para presidentes do Senado e Câmara Federal. Na Casa Alta, a situação está mais tranquila e Davi Alcolumbre (UB) tende a ser eleito. O problema está na Câmara, onde as preferências de Lula e do presidente Arthur Lira (PP) não são as mesmas.
Pedro Campos no GT
A tão esperada Reforma Tributária agora tem dois grupos de trabalho, na Câmara Federal, para tratar da sua regulamentação. O deputado Pedro Campos (PSB) integra o que vai analisar o projeto de lei sobre o Comitê Gestor e a distribuição do Imposto sobre Bens e Serviços, que será enviado pelo Governo. Diz que “precisa ficar claro o que será cobrado de imposto sobre o consumo, e quem vai receber”.
Continua aliado
Mesmo tendo perdido o controle do ProRural em Pernambuco, o deputado federal Coronel Meira (PL) garante que só sai da base aliada, se a governadora Raquel Lyra (PSDB) pedir. Meira ficou contra o projeto das faixas salariais dos militares.
Defesa dos grevistas
O deputado João Paulo (PT) foi à tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar do Governo Lula a retomada das negociações com os professores. A categoria está em greve e rejeitou as propostas apresentadas. O Governo propõe reajuste zero neste ano.
Nada de acordo
Ontem, os representantes dos professores da rede federal propuseram um reajuste salarial de 3,69% em agosto de 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026, mas não houve acordo. O Governo Lula manteve o argumento de que não há espaço no orçamento para dar qualquer aumento agora. Só em 2025 e 2026.
