O processo interno do PT para escolha do vice a ser indicado ao prefeito João Campos (PSB) está suspenso, temporariamente, a pedido do presidente Lula, mas isso não significa que os interessados estejam parados. Nesta sexta-feira (22), Mozart Sales voltou a se colocar como opção e, para isso, disse que vem conversando com alguns partidos e vai procurar outros para que tudo seja resolvido na base do diálogo. Mozart falou, durante entrevista à Rádio Folha, sobre a sua sintonia com o socialista e que quer ser “o representante para fazer a liga” entre PT e PSB. Ele concorre com o deputado federal Carlos Veras, que também se inscreveu para a disputa interna, no último dia 15.
O assessor especial do Ministério das Relações Institucionais ainda ressaltou as parcerias com a Prefeitura do Recife e seu passado próximo ao PSB. “Eu e João temos uma sintonia muito grande. Ele tem se tornado um fenômeno em capacidade, inovação. Tenho condições de ajudar e estou muito tranquilo. Semanalmente troco ideias com o prefeito e a equipe dele”, disse Mozart.
Questionado se houve açodamento por parte do PT ao iniciar a disputa interna, faltando quatro meses para as convenções, Sales garantiu que não. Justificou que há uma orientação da direção nacional para se definir as táticas eleitorais e pré-candidaturas até 15 de abril. “Não há perspectiva de emparedar ninguém. Temos clareza de que o diálogo tem que acontecer para que a gente possa ter a melhor harmonia possível”, enfatizou. E lembrou que quem comanda o processo sucessório é João Campos junto com Lula.
Ele também descartou que a escolha do vice depende da eleição para governador. “João é candidato a prefeito e o debate é sobre prefeito e vice. 2026 será debatido no momento certo. Não vejo uma coisa atrapalhar a outra”, disse o petista. Na sua opinião, Campos tem se mostrado um gestor exitoso que o credencia a se colocar para outros projetos, mas não neste momento.