O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado estão em pé-de-guerra, desde que o ministro Gilmar Mendes decidiu monocraticamente que só a Procuradoria-Geral da República pode enviar denúncias que provoquem o impeachment de integrantes do STF. Além disso, Gilmar decidiu que, para a denúncia seguir adiante no Senado, são necessários 54 votos e não mais 41. O presidente da Casa Alta, senador Davi Alcolumbre (UB-AC), não engoliu e agora quer votar às pressas um projeto para atualizar a Constituição. Além disso, já se fala no Senado que a retaliação poderá ser radical. Uma proposta é estabelecer mandato fixo para ministro do STF, deixando de ser até os 75 anos de idade. Outra ideia de Alcolumbre é redefinir os critérios para escolha do membro do Supremo. Brasil e Estados Unidos são os únicos países em que a indicação é feita pelo presidente da República. Esse critério é muito questionado porque os ocupantes do Palácio do Planalto vêm optando por pessoas de confiança. Essa é a outra celeuma atual na qual o presidente do Senado também está envolvido. Davi não aceitou que Lula preferisse o amigo Jorge Messias para a vaga de Luiz Roberto Barroso, que se aposentou. Alcolumbre avisou que a sabatina só acontecerá no próximo ano. Seria importante para o Poder Judiciário e para os brasileiros que realmente houvesse mudança, mas na base do debate técnico/jurídico e não em momento de birra ou vingança política.
Presenças no Morro
A Festa do Morro da Conceição termina hoje com pedidos da classe política. Certamente terá pré-candidato fazendo alguma promessa para ser eleito no próximo ano. A governadora Raquel Lyra (PSD) irá pela manhã e seu futuro concorrente, o prefeito João Campos (PSB), marcou nova subida ao Morro no final da tarde.
Política sem ódio
A campanha duríssima de 2020 no Recife contra a prima Marília Arraes (SD) ainda está na memória do prefeito João Campos (PSB). Ontem em Cupira, ele citou aquela eleição para afirmar que não faz política com ódio e hoje estão juntos em torno dos projetos do Recife e Pernambuco.
Flávio bota pressão
O senador Flávio Bolsonaro (PL) dá pressão em Hugo Motta (Rep) e Davi Alcolumbre (UB) sobre o projeto da anistia. “Eu espero que a gente paute nesta semana a anistia. Eu espero que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram aquilo que eles prometeram para nós”, disparou.
Começar de novo
Amanhã recomeça o tirinete na Assembleia Legislativa. O Governo do Estado espera a aprovação do empréstimo de R$ 1,7 bilhão, enquanto a Mesa Diretora e a oposição querem aumentar o percentual das emendas parlamentares de 0,9% da RCL para 1,55%, em 2027. Os dois lados tentam chegar a um acordo.