Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) completou um mês na função de relator do projeto da anistia, que ele propõe dosimetria. Sem acordo na Câmara Federal entre os bolsonaristas, que querem inocentar todos; governistas, que defendem punição severa, e o Centrão, o impasse permanece. Enquanto isso, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) continua o julgamento do “núcleo 4” da trama golpista, com tendência de punir o grupo acusado de monitorar e até planejar o assassinato de autoridades. Para os líderes do Centrão, essa demora para a dosimetria das penas ir à votação no plenário é um verdadeiro dilema. Até o momento, alguns partidos ainda não decidiram que rumo tomarão na eleição presidencial de 2026, mas a certeza é de que Jair Bolsonaro (PL) não estará na disputa. Só o PL diz acreditar nisso. Para os aliados do presidente Lula (PT), essa demora favorece o petista, pois apenas ele já está em pré-campanha. Enquanto os possíveis concorrentes ficam de mãos atadas. Por outro lado, Lula mantém ministros na sua equipe sem a certeza de que terá retorno com apoios, no próximo ano. Republicanos e PSD são exemplos claros disso. Este último tem o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como plano B, para o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não encarar a disputa. Ou seja, a aliança com o PT oficialmente ainda não faz parte dos planos da sigla pessedista, que tem como presidente em Pernambuco a governadora Raquel Lyra.
Veras: “Espero que nunca”
Primeiro secretário da Câmara dos Deputados, Carlos Veras (PT) admite não ter ideia de quando o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) pautará a proposta de dosimetria, caso esse seja o consenso. “Espero que não seja pautada nunca. Não pode aliviar para golpista. Isso não pode se repetir mais. Tem que ser punido”, ressalta o petista.
“Anistia é obrigação”
Já o líder do PL, na Câmara Federal, deputado Sóstenes Cavalcante garante que os aliados de Jair Bolsonaro mantêm a pressão. “Não iremos recuar! Anistia não é um pedido, é uma obrigação do Congresso Nacional fazer a devida justiça”, escreveu o liberal nas redes sociais.
Abimael pega no pé
O deputado estadual Abimael Santos (PL) agora é aliado do Governo, mas vive fazendo fiscalização. As estradas no interior estão no seu foco. Segundo ele, tem empresa contratada para recuperar as rodovias estaduais que está recebendo sem entregar serviço de qualidade.
Apoio sem preconceito
Um dos autores da Lei que garante a distribuição gratuita do canabidiol, o deputado Luciano Duque (SD) participou do Fórum Interinstitucional de Pesquisa e Regulação da Cannabis, promovido pela UFRPE. Ele defende a ampliação do acesso ao medicamento e maior apoio às pesquisas. “Menos preconceito, mais conhecimento”, ressalta Duque.
