Foto: Rafael Vieira/DP
Presidente estadual do PSDB e da Assembleia Legislativa, o deputado Álvaro Porto disse, na tarde desta segunda-feira (29), que não fazia sentido o partido continuar na base de apoio do Governo do Estado. Ele justificou a decisão de ficar independente, tomada pela Executiva Estadual, no final da manhã de hoje, ressaltando a forma como a governadora Raquel Lyra tratou a sigla pela qual se elegeu e mudou para o PSD. Porto reiterou que, junto com Diogo Moraes, farão oposição.
“A orientação da Executiva Nacional é que faça oposição ao Governo do Estado, pela maneira que a governadora tratou o PSDB no Estado. Ela foi eleita com apoio, com verba do partido. Na eleição para prefeito, o partido também investiu em Pernambuco. E sem motivo nenhum ela deixou o PSDB isolado em Pernambuco. Tirou todos os prefeitos que tinham sido eleitos com ajuda financeira da Executiva Nacional”, ressaltou Porto.
De acordo com o dirigente, a definição pela independência no Legislativo foi em respeito aos deputados Izaías Régis e Débora Almeida, que são aliados de Raquel Lyra. No entanto, o líder da bancada passou a ser Diogo Moraes, que deixou o PSB, em agosto, numa articulação para enfraquecer a base governista na CPI da Publicidade. Apesar de ser respeitado o posicionamento de Débora, ela foi retirada das duas comissões permanentes que era titular (CCLJ e Finanças) e da suplência de outra (Administração).
A decisão da direção estadual foi tomada após Débora ter ganho as ações judiciais porque a indicação de Diogo para a liderança, em 18 de agosto, não cumpriu os prazos estabelecidos para os recém-filiados. “O deputado Diogo Moraes só poderia participar de candidatura depois de 30 dias. A filiação foi em 14 de agosto e a gente poderia ter feito essa reunião em 14 ou 15 de setembro, mas resolvemos fazer hoje. Se cumpriu todas as determinações, não teve falha nenhuma e hoje teve a definição do PSDB. Diogo é o líder e, a partir de agora, vão ter as indicações que o PSDB tem direito na Casa”, relatou Álvaro Porto.
CPI DA PUBLICIDADE
O presidente da Assembleia Legislativa disse que a CPI da Publicidade continua suspensa por ordem judicial. “A gente está obedecendo. Mas no momento em que tiver uma decisão definitiva de ter CPI, o PSDB vai ter uma vaga. A CPI está parada por ordem judicial. Estamos cumprindo os prazos, mas continua valendo. A partir da deliberação, quando sair o posicionamento da Justiça, volta a contar os prazos”, garantiu Porto.