O deputado federal Paulino da Força (SD-SP) diz a todo momento que a sua intenção é apresentar um projeto que pacifique o País, porque os brasileiros não aguentam mais tanta polarização entre lulistas e bolsonaristas. Ele foi escolhido para ser o relator do Projeto de Lei da Anistia e já avisou que não terá anistia para quem tentou dar golpe de estado. A ideia é reduzir os anos de prisão, que beneficiaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já condenado a 27 anos e 3 meses. Paulinho foi indicado a dedo pelo presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos), e isso incomodou parlamentares do PL, por conta da sua amizade com o ministro do STF Alexandre de Moraes. Tem liberal afirmando que Motta deu um golpe ao escolhe-lo. Paulinho, por sinal, diz que os líderes do PL jogam para a plateia, pois sabem que não haverá anistia ampla, geral e irrestrita. Autor do projeto apresentado em 2023 e que serve de base para o relator, o deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) disse que adoraria uma anistia geral, mas admite que a redução das penas é a solução para o entendimento entre os dois lados. O deputado defende, inclusive, que seja de dois anos, como foi aplicada para o delator do golpe, Mauro Cid. Segundo Crivella, pensar e planejar um crime não é o mesmo que cometer, nem que seja para tomar o poder à força, como era o caso. Tem que se dar o exemplo para que ninguém volte a pensar ou planejar algo igual ou pior novamente. A crença na impunidade é sempre apontada como uma das grandes causas de tantos males que afetam e afligem a sociedade. Mas, pelo visto, vai prevalecer o arrumadinho.
Terá gente nas ruas?
A PEC da Blindagem causou indignação e alguns artistas foram às redes sociais para convocar protestos, neste domingo. Tem atos marcados em Brasília, Belém, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba. Fica a expectativa se a indignação se transformará em grandes atos nas ruas.
Debate interno
Na entrevista que concedeu à Rádio Polo, o presidente da federação União Progressista, deputado Eduardo da Fonte (PP), voltou a dizer que haverá uma discussão interna sobre alianças em 2026, com a governadora Raquel Lyra (PSD) ou o prefeito João Campos (PSB).
Analisar soluções
“Vamos ver as soluções que ela (Raquel Lyra) deu para o Estado de Pernambuco. E vamos ver as soluções que João Campos deu para os problemas da cidade do Recife”, disse Eduardo da Fonte. Apesar de serem uma federação, PP apoia Raquel e o União Brasil está dividido.
Voto pela perda de mandato
O STF está julgando um caso de mudança partidária em função da criação de uma nova sigla. Mas o relator Luiz Roberto Barroso já antecipou seu voto, mantendo a perda do mandato do parlamentar que fizer a troca fora da janela de 30 dias, no mês de março. O julgamento segue no plenário virtual até o dia 26.