Foto: Divulgação
A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que terá de cumprir 27 anos e 3 meses de prisão teve “caráter político”, na avaliação do presidente do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira. Em nota enviada à imprensa, o dirigente coloca sob suspeita os votos dos ministros da Primeira Turma STF Alexandre de Moraes, Flávio Diniz e Cristiano Zanin, devido às suas ligações com o PT.
“O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos supostamente envolvidos na chamada trama golpista no Supremo Tribunal Federal deixou claro o caráter político do processo.
Dos cinco membros do Tribunal que participaram do julgamento, um é ex ministro do atual governo, outro foi advogado pessoal e formal do presidente da República, e o relator é fruto de indicação pessoal e política do ex-presidente Michel Temer. Fica evidente, portanto, que a maioria da turma tem um viés político”, disparou Anderson.
O presidente do PL ressaltou as posturas mais técnicas dos ministros Luiz Fux e Cármem Lúcia, muito embora apenas Fux tenha votado contra a condenação de Bolsonaro. “Do outro lado, destacam-se dois ministros com perfis mais técnicos e jurídicos, menos suscetíveis a esse vício: a ministra Cármen Lúcia e o ministro Luiz Fux. Isso demonstra que jamais poderíamos esperar um julgamento totalmente isento”, disse.
Anderson Ferreira, inclusive, ressaltou “a firmeza do voto do ministro Luiz Fux, que apontou inconsistências jurídicas e expôs a fragilidade da acusação”.
“O que o Brasil precisa neste momento é equilíbrio entre os Poderes e serenidade institucional, para que possamos virar essa página e construir um ambiente político menos polarizado. Manter o Raís refém de extremos não ajuda em absolutamente nada a sociedade brasileira”, afirmou Anderson Ferreira.