Foto: Melissa Fernandes/DP
O PT de Pernambuco já decidiu que a prioridade para ocupar uma chapa majoritária é com o senador Humberto Costa, que vai disputar a reeleição no próximo ano. Quanto a outra vaga do Senado, o presidente estadual do partido, deputado Carlos Veras, disse que tem de ser alguém de centro ou progressista, descartando qualquer possibilidade de apoio a alguém da direita. Neste domingo (24), ele colocou alguns nomes que podem compor a chapa junto com o PT. Deu ênfase a Marília Arraes (SD) e ao ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), citou a possibilidade do deputado Eduardo da Fonte (PP) e do senador Fernando Dueire (MDB), mas pôs em dúvida a indicação do presidente do União Brasil, Miguel Coelho, por conta do passado dele ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Nós temos bons nomes que estão colocados. Temos Marília Arraes e Sílvio Costa Filho, que já declarou apoio ao presidente Lula e ao senador Humberto Costa, independentemente de qualquer coisa. Nos pega de surpresa, mas é muito forte. É muito gratificante e importante sob todos os aspectos. São dois nomes com maior possibilidades de estarem com a gente”, ressaltou Carlos Veras.
O dirigente do PT também disse que não pode desconsiderar o senador Fernando Dueire, mesmo integrando a ala do MDB que não está ligada ao prefeito do Recife, João Campos (PSB). “Não podemos desconsiderar o senador Fernando Dueire, que está sentado na cadeira, que é MDB, que tem uma relação nacional próxima com o presidente Lula. Talvez nesse aspecto, é o (partido) que está mais próximo nacionalmente”, assinalou
Apesar de o deputado Eduardo da Fonte ser da base de apoio da governadora Raquel Lira, Carlos Veras também o inclui na lista de possível companheiro de Humberto Costa na disputa ao Senado. “Tem o próprio Eduardo da Fonte, que sempre teve uma boa relação com a gente”, justificou. Questionado se o PT, então, pretende cooptar a sigla progressista, o dirigente petista mais uma vez voltou a colocar que seu partido ainda não está definido quanto à candidatura ao Governo de Pernambuco. “Não significa que queremos cooptar o PP, porque a gente não tem o palanque que vai estar ainda”, acrescentou.
MIGUEL COELHO
Como o presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, não teve o nome citado, Carlos Veras foi questionado se o petrolinense já estaria descartado. Ele garantiu que não, contudo lembrou do passado do grupo Coelho com o Jair Bolsonaro. Atualmente, Miguel é aliado de João Campos.
“Miguel não é um bolsonarista raiz, tenho que admitir. O pai dele, Fernando Bezerra Coelho) foi líder do Governo Bolsonaro, como foi líder do presidente Lula. Miguel é de um partido e de uma filosofia que eles são governo. São próximos do governo. É tanto que tem cargo no governo. Ele precisa ainda conquistar a confiança desse campo, que acho que não tem, feito Marília e Silvio Costa Filho”, enfatizou Veras.