Como já era de se esperar, o relatório do deputado Waldemar Borges (PSB) acatou boa parte do projeto substitutivo de Antônio Coelho (UB), quanto à destinação do empréstimo de R$ 1,5 bilhão que a governadora Raquel Lyra (PSD) quer contrair. O texto que será submetido à CCLJ da Assembleia Legislativa, na próxima terça-feira, determina que o Governo repasse R$ 750 milhões para os 184 municípios, desde que apresentem propostas compatíveis com o projeto original do Poder Executivo. Borges alega que, assim, quer “evitar que só os municípios que têm sido atraídos pelo kit cooptação sejam beneficiados”. O socialista também cobra transparência e que a Alepe tenha conhecimento de cada investimento. A oposição tem maioria na CCLJ e nas comissões de Finanças e de Administração, porém é minoria no plenário. Diante disso, a deputada Débora Almeida (PSDB) admite que o parecer de Waldemar passará nos colegiados. “Mas a gente derruba no plenário e aprova o projeto original. A proposta de Waldemar Borges é inconstitucional. Como o Governo vai pegar um dinheiro emprestado e terceirizar? É sem noção!”, disparou a parlamentar. Também aliado de Raquel Lyra, Antônio Moraes (PP) adverte que não se pode determinar onde deve aplicar o dinheiro que o Governo terá por empréstimo. “Pernambuco tem que investir em obras estruturantes porque, quando entrar em vigor a Reforma Tributária em 2032, vai acabar a isenção para quem quiser montar uma empresa. Por isso, são fundamentais obras como o Arco Metropolitano, de estradas, a Transnordestina, entre tantas outras”, observa Moraes.
Previsão de outra batalha
Os governistas comemoram quando a deputada Débora Almeida foi definida como relatora do empréstimo de R$ 1,7 bilhão, que o Governo Raquel quer. Mas será outra batalha nas três principais comissões da Alepe e é possível que seja apresentado mais um projeto substitutivo. Aí, novamente, a base governista terá que agir no plenário.
João Campos solidário
O prefeito João Campos (PSB) prestou solidariedade a Mozart Sales por ter o visto suspenso pelo governo dos EUA, sob o argumento de que ele foi um dos principais executores do programa Mais Médicos. O motivo foi a contratação de médicos cubanos.
“Sanção absurda”
“Mozart sofreu uma sansão absurda nessa semana. Você está sendo injustiçado por ter feito uma luta em favor do povo que mais precisa de saúde nesse País. Para as pessoas que estão nas periferias e nas áreas rurais e que precisam de um acolhimento digno”, disse João Campos.
Tempo esgotando para a direita
No prazo de um mês, é provável que Jair Bolsonaro (PL) esteja condenado, aumentando ainda mais a situação de inelegibilidade. Ou seja, a direita está com o tempo encurtando para definir quem disputará a Presidência com possibilidade de derrotar Lula (PT). A 1ª Turma do STF julgará Bolsonaro entre os dias 2 e 12 de setembro.