Com a saída do PP e MDB, bloco de partidos continua formado com Solidariedade, União Brasil, PRD e PSDB, visando à ocupação de cargos nas comissões permanentes da Assembleia Legislativa. Mas ainda não há garantia de que o grupo terá continuidade nos próximos dois anos. Apesar de ser composto por 13 deputados, a expectativa está quanto ao retorno dos trabalhos, na segunda-feira (3), para se avaliar como as bancadas partidárias ficarão configuradas.
Líder da bancada do União, Romero Albuquerque avalia que essa formação é suficiente para os partidos serem contemplados nos colegiados. “A gente permanece no bloco porque não vemos necessidade de barganhar por mais espaços. A gente combinou os espaços. Eu continuo na CCLJ e vou disputar a reeleição para vice-presidente. Romero Sales permanece na Comissão de Administração. Socorro Pimentel ou Edson Vieira ficam na de Finanças”, relatou.
Questionado sobre as saídas do PP e MDB, Romero Albuquerque disse que a sigla progressista pleiteia mais titularidades e presidências de comissões. E que Jarbas Filho por ser o único emedebista “fez uma posição para se salvar porque é a menor bancada”.
Luciano Duque lidera o Solidariedade e contou que se reunirá com os outros quatro deputados “para definir se continuam ou não no bloco”. “Vamos ver qual é a melhor estratégia para ocupar as comissões. Tudo será construído na próxima semana. Tentaremos manter a unidade, mas também vai depender das possibilidades que possam surgir e da formação de outros blocos na Assembleia”, assinalou.
Único representante do PRD, Joãozinho Tenório é o líder do bloco e disse que haverá uma reunião, na próxima segunda-feira, para tratar sobre esse momento. Líder do Governo na Assembleia, Izaías Régis também vai esperar a volta dos trabalhos no Legislativo para consultar os demais integrantes.
SAÍRAM
O PP, que tem oito deputados, anunciou a saída do bloco, na terça-feira passada, sob o argumento de que poderá formar outro grupo e, assim fortalecer o Governo na ocupação de espaços nas comissões. O líder da bancada, Kaio Maniçoba, admitiu que o blocão com seis partidos não funcionou.
Jarbas Filho divulgou nota afirmando que continuará seguirá “trabalhando de forma sensível e responsável em projetos e iniciativas do Governo do Estado que busquem o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco”. O deputado faz parte de uma ala do MDB que não é aliada ao prefeito do Recife, João Campos (PSB) e sempre vota com o Governo Raquel Lyra.
No entanto, após o veto da governadora ao seu projeto que garantia matrícula gratuita de estudantes da rede estadual na Universidade de Pernambuco (UPE), a relação com o Palácio mudou. Jarbas tem a expectativa de que o veto de Raquel seja derrubado no plenário da Assembleia.