O pedido de auditoria especial feito pela Assembleia Legislativa e acatado pelo TCE vem sendo apontado como uma forma dos deputados darem mais tempo à governadora Raquel Lyra (PSDB), para que resolva o caso das emendas impositivas. O total de R$ 188 milhões deveria ser liberado até o dia 30 de dezembro de 2024, mas foram apenas R$ 43 milhões. Seria um “prazo mais estendido”, até porque o próprio Tribunal de Contas admite que não há previsão para o trabalho ser concluído. O conselheiro-relator Marcos Loreto disse que solicitará vários documentos para verificar as razões do atraso. Por conta disso, já tem parlamentar considerando que essa iniciativa da Assembleia pode ser um tiro no pé. A razão seria o seguinte: enquanto nas emendas Pix, que foram totalmente pagas, basta um ofício das prefeituras, as emendas impositivas têm que ser avaliadas com mais critério. Como agora o TCE colocou uma lupa e buscará explicações específicas sobre o porque de R$ 103 milhões sequer tenham sido empenhados, o cuidado para avaliar os planos de trabalho das prefeituras e entidades beneficiadas será ainda maior. Se uma vírgula estiver colocada no lugar errado, pode dar bronca. Então, a preocupação é que as avaliações poderão demorar mais tempo, porque nenhum servidor quer se ver encrencado com o TCE. Consequentemente, haveria mais atraso nas liberações. Porém, Raquel Lyra disse que deseja encontrar uma solução e até criou um Grupo de Trabalho para cuidar dessa situação.
Recife no debate sobre a RMR
Os prefeitos de Jaboatão, Mano Medeiros (PL), e de Olinda, Mirella Almeida (PSD), iniciaram conversas sobre interesses comuns das cidades da RMR, e ontem João Campos (PSB) foi questionado se o Recife entrará nesse debate. Ele garantiu que o assunto está nos planos e será coordenado pelo secretário de Relações Institucionais, Raul Henry.
Divisão de tarefas
“Na área da infraestrutura, tem a parte da iluminação pública, limpeza, que ficam no limbo, nas fronteiras. A gestão vai organizar para que, principalmente, nas áreas de fronteira, não tenha população penalizada. Tem que ter clareza na divisão de tarefas”, disse João Campos.
Nem o STJ escapa
A PF investiga irregularidades e crimes praticados por assessores de ministros do STJ. As ações envolvem processos de multinacionais e bancos. Houve pedido de prisão de um lobista e afastamento de cinco servidores. Nenhum ministro, por enquanto, está sendo investigado.
Deputada cotada para Educação
A vaga aberta na Secretaria de Educação ganhou mais um nome entre os favoritos: a deputada Débora Almeida (PSDB). Os rumores já circulam por conta do trabalho que ela realizou quando foi prefeita de São Bento do Una. Além disso é da confiança da governadora Raquel Lyra (PSDB), é procuradora federal concursada e seria a oportunidade de prestigiar a Alepe.