Do Correio Braziliense
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,34% em dezembro, conforme dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado ficou 0,28 ponto percentual abaixo do resultado de novembro, de 0,62% e também foi inferior às estimativas do mercado, em torno de 0,46%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de outubro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo habitação, com 1,72%. O aumento de 5,29% nos preços da energia elétrica residencial, subitem com maior impacto positivo no indicador, de 0,21 ponto percentual, contribuiu para puxar o resultado.
A entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar dois, a partir de 1º de outubro, influenciou o comportamento do subitem. A subida de 2,17% nos preços do gás de botijão também contribuiu positivamente para o resultado do grupo.
A segunda maior alta veio do grupo de alimentação e bebidas, cujos preços subiram 0,95% na prévia de outubro, após três meses consecutivos de redução. Os aumentos do contrafilé, do café moído e do leite longa vida impactaram o desempenho.
Em saúde e cuidados pessoais, que sofreu elevação de 0,49%, o destaque foi o subitem plano de saúde, com alta de 0,53%. Houve aplicação de reajustes autorizados reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, neste mês foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativos aos meses de julho, agosto, setembro e outubro.
O único grupo a apresentar queda em outubro foi transportes, com recuo de 0,33%. O setor foi impactado, sobretudo, pela queda de 11,40% das passagens aéreas. Em relação aos combustíveis, que apresentaram variação negativa de 0,01%, os preços do gás veicular tiveram redução 0,71% e do óleo diesel de 0,23%. O etanol subiu 0,02% e a gasolina mostrou estabilidade de preço.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,71% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,47%, acima dos 4,12% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Resultado por grupos
- Alimentação e bebidas: 0,87%;
- Habitação: 1,72%;
- Artigos de residência: 0,41%;
- Vestuário: 0,43%;
- Transportes: -0,33%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,49%;
- Despesas pessoais: 0,35%;
- Educação: 0,05%;
- Comunicação: 0,40%