Foto: Rafael Vieira/DP
Por Guilherme Anjos
Do Diario de Pernambuco
O prefeito João Campos (PSB) começou a preparar os holofotes para o vice-prefeito eleito, Victor Marques (PCdoB), que assume o cargo no dia 1º de janeiro de 2025. Em entrevista à TV Jornal, nesta quinta-feira (10), o gesto da capitalpernambucana reforçou a confiança no parceiro de chapa para ajudar a governar a cidade.
“Ele ocupa uma função muito equilibrada entre a gestão e a política. Se tem alguém que conhece a prefeitura e o funcionamento dela, como ninguém, é ele”, declarou o prefeito reeleito.
Antes de ser candidato, Marques foi chefe de gabinete de João Campos tanto durante seu mandato como deputado federal quanto na prefeitura do Recife.
Segundo o prefeito, apesar da função mais discreta que cumpria, Marques sempre esteve presente nos principais momentos da gestão – sejam eles bons ou ruins.
“Ele esteve ao lado de todos os momentos mais importantes da cidade: nas construções das grandes operações de crédito, nos momentos de crise, de chuva, de monitoramento de obra, de projeto. É alguém que tem todo esse domínio”, afirmou.
Futuro na prefeitura
A declaração de Campos sobre o vice é mais um passo no objetivo de transformar um técnico em uma liderança política. Marques entrou no jogo político no início deste ano. Se filiou ao PCdoB, no mesmo período em que foi escolhido para compor a chapa do então candidato à reeleição.
Apesar de ter explicado anteriormente que o movimento foi natural, especula-se que Marques foi escolhido como o nome de confiança de Campos para assumir a prefeitura em 2026, caso ele decida deixar o cargo para concorrer ao Governo do Estado.
A vice-prefeitura de Campos foi muito disputada por partidos aliados, especialmente o PT, que estariam visando um “passe-livre” para o Executivo no caso de desincompatibilização do prefeito no próximo pleito.
Mesmo estando em uma legenda diferente e que faz federação com o PT, Marques ainda não tem tanta identificação com os comunistas, o que manteria a prefeitura mais perto de João Campos, em caso de o prefeito deixar o cargo.