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A declaração do senador Humberto Costa de que o PT mantém o apoio ao prefeito João Campos (PSB), mesmo sem a vaga de vice, foi considerada precipitada pela senadora Teresa Leitão. “É precipitado qualquer pessoa, inclusive meu querido senador, dizer que o PT estará com João, independetemente da vice. O debate ainda não esgotou”, disse Teresa, durante entrevista à Rádio Cidade de Caruaru. Mas também lembrou que, anteriormente, afirmou “que só um tsunami fará nós sairmos dessa aliança com João”.
A senadora adiantou que a questão do Recife deverá ser tratada com o presidente Lula, na próxima semana. E que procura evitar dar mais opiniões pela imprensa, justamente porque a Capital pernambucana está incluída no rol de cinco municípios brasileiros que passarão pelo crivo de Lula. Teresa Leitão rememorou que o PT não apoiou o prefeito em 2020, mas houve um entendimento em 2022, em virtude da eleição presidencial.
“É uma aliança nacional. Não apoiamos João para prefeito. Dois anos depois, veio uma eleição primordial para o Brasil. Pela primeira vez um presidente, sentado na cadeira, foi derrotado por Lula e pelas forças democráticas, onde se inseriu o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin. Foi um novo contexto. O próprio João Campos nos procurou e procurou Lula. A ida do PT para a base de João foi muito debatida. Agora estamos num processo de eleição aonde o PT está indicando a vice. Não quero debater essa questão pelos jornais porque está na mão de Lula. Não é pouca coisa”, ressaltou.
2026
Teresa Leitão refutou a especulação de que Humberto Costa esteja agindo para ser o vice, apostando que João Campos será reeleito e renunciará em 2026 para concorrer ao Governo do Estado. A senadora colocou, inclusive, uma interrogação nessa possibilidade e garantiu que o nome de Humberto será opção daqui a dois anos.
“Humberto é o nosso nome majoritário para 2026. Isso aí não tem dúvidas. Não acredito que tenhamos disputa. Eu já disse isso a ele. Deve acontecer uma reunião, na próxima semana, e vou fazer questão de dizer isso na frente de Lula para dissipar qualquer dúvida. O nome majoritário para quê? O contexto vai dizer. Pode ser para senador, pode ser para governador. Ou não? Todo mundo está dizendo que João Campos vai ser governador. Será?”, indagou Teresa.