Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Do Correio Braziliense
Com o anúncio de Ricardo Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta quinta-feira (11/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou cinco trocas em ministério do governo federal em pouco mais de um ano. O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal vai assumir a vaga de Flávio Dino — que por sua vez ocupará a cadeira deixada pela ministra Rosa Weber no STF.
Em abril do ano passado, o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, pediu demissão após vazarem imagens dele e de agentes da pasta interagindo com os golpistas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O GSI foi assumido interinamente pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, e depois Lula empossou o general Marcos Amaro como novo ministro da pasta.
Três meses depois, em meio a negociações com o Centrão e busca por maior articulação política do governo federal na Câmara, Lula substituiu Daniela Carneiro pelo deputado federal Celso Sabino (União-PA) no comando do Ministério do Turismo. A troca ocorreu por pressão do União Brasil, partido da base governista, mas que não estava aderindo as propostas do governo no Congresso Nacional.
Já em setembro de 2023, ainda em busca de garantir votos do Centrão na Câmara, o presidente Lula trocou a ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei Ana Moser pelo deputado André Fufuca (PP-MA) no comando do Ministério dos Esportes e o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) entrou no lugar de Márcio França no Ministério dos Portos e Aeroportos. Para acomodar França, no mesmo mês Lula criou um novo ministério: o do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Por fim, Flávio Dino precisará deixar o Ministério da Justiça para assumir a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal, na segunda quinzena de fevereiro, após ser indicado por Lula e ter tido o nome aprovado em sabatina no Senado em dezembro. Após um ano de algumas derrotas no Congresso, há possibilidade do governo Lula promover uma reforma ministerial ainda em janeiro.