A votação da bancada do PT favorável ao projeto das faixas salariais voltou a ser tema de embate entre os deputados João Paulo (PT), Diogo Moraes (PSB) e Coronel Alberto Feitosa (PL). O petista foi à tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (13), para cobrar respeito aos posicionamentos que cada parlamentar tem direito, mas apontou uma “aliança” entre o PSB e os bolsonaristas contra a governabilidade da gestão estadual, visando às eleições de 2026. Depois do embate, porém, Diogo Moraes e João Paulo sentaram juntos no plenário e a conversa pareceu mais tranquila.
“Tenho dedicado meu mandato em defesa da esquerda e do centro para derrotar a direita. É o combate ao bolsonarismo, que se mantém ativo e atuante. Na semana passada, eu, Doriel Barros e Rosa Amorim votamos a favor do projeto do Governo. PSB e PL representavam uma narrativa extremista. A retórica irresponsável dos bolsonaristas representa demagogia agressiva”, disparou João Paulo.
O deputado do PT assinalou que o interesse eleitoral do PSB em 2026 “mostrou que o debate eleitoral está em jogo”. Ele ainda reclamou e os socialistas se uniram aos seguidores de Jair Bolsonaro e não saíram em defesa do presidente Lula, quando foi chamado de “ladrão” pelos policiais e bombeiros militares que estavam nas galerias da Assembleia. “Defendo, dentro dos princípios da democracia, uma análise crítica sobre as alianças saudáveis, sem submissão”, acrescentou João Paulo, em recado direto ao PT.
REBATE
O deputado Diogo Moraes refutou a insinuação de que o PSB fez aliança com parlamentares bolsonaristas e afirmou que João Paulo aceitou “goela abaixo” o projeto enviado pelo Governo do Estado. “Não fizemos narrativa com os bolsonaristas e nem aceitamos de goela abaixo o que o Governo mandou. Não teve diálogo com a Casa”, disse o socialista. Ele reiterou que a oposição fez várias tentativas para modificar a proposta, mas como os governistas eram maioria, a oposição teve que votar no projeto original para não prejudicar os policiais.
O Coronel Alberto Feitosa também reagiu dando a entender que João Paulo é um defensor do Governo Raquel Lyra e afirmou que “só quem perde com esse afã é o povo”. “Agora quer questionar como se deve trabalhar nesta Casa. Fizemos o melhor que era para Pernambuco”, salientou o deputado do PL.