A pesquisa Radar Febraban, divulgada nesta sexta-feira (8), mostra vários sentimentos dos brasileiros em relação a 2023 e as perspectivas para o ano que vem. O levantamento aponta otimismo, já que 59% dos entrevistados acreditam que o Brasil vai melhorar em 2024, quatro pontos a mais que no mesmo período de 2022 (55%). Os pessimistas representam 17%, um recuo de 9 pontos em relação à pesquisa do ano passado.
Para cerca de metade (49%) dos brasileiros o País está melhor do que no ano passado, maior percentual da série história no intervalo de 12 meses e que representa um salto de dez pontos em relação a dezembro de 2022. Já a avaliação de que o País está igual foi de 25% para 30% nesse período; e os que identificam piora caíram de 34% para 20% nos últimos doze meses.
A pesquisa também apura as opiniões de cada uma das cinco regiões brasileiras.
Um pouco mais que a metade dos entrevistados (51%) aprova o Governo Lula, mesmo percentual registrado na primeira onda do RADAR de 2023, em fevereiro. Por sua vez, a desaprovação cresce de forma mais regular, aumentando seis pontos nesse período, chegando agora a 42%.
“Os resultados desta edição de dezembro refletem o balanço positivo de 2023 e o otimismo com a chegada do novo ano. Isso está em linha com a melhora da percepção sobre sua vida pessoal, o que se pôde ver, por exemplo, com menor expectativa de inflação e a queda na perspectiva de endividamento, para o que deve ter contribuído o Programa Desenrola, apoiado pelos bancos. O sentimento das pessoas oscilou ao longo do ano, o que é natural, mas terminar o ano olhando para a frente com melhores expectativas pode ajudar a influenciar de forma benigna 2024”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
As projeções sobre os indicadores acompanhados pelo Radar Febraban apresentam pequenas oscilações, indicando que, ao lado do otimismo, há também dose de cautela quanto ao rumo da economia brasileira no futuro próximo.
Quase metade dos brasileiros acredita que irá comprar menos que no ano passado nas festas de fim de ano: 48% dos entrevistados afirmam que irão comprar menos do que no ano passado (eram 46% em dezembro/2022); mantém-se o percentual que espera comprar mais (16%); e oscila para 34% os dizem que manterão o padrão anterior (eram 35% no mesmo período do ano passado).
Realizada entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, pelo IPESPE (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas).