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O tabuleiro da Veneza brasileira

Por Hely Ferreira

Desde que o atual prefeito da cidade do Recife, João Campos (PSB), foi eleito, paira no ar a expectativa que o seu próximo projeto é chegar ao Palácio do Campo das Princesas. Muitos acreditam que o retardamento ocorreu exclusivamente por conta do impedimento constitucional, ou seja, menor de trinta anos. Algo que em 2026 estará sanado. Para tanto, o mesmo será mais uma vez testado nas urnas e, embora até o momento as pesquisas apontem favoritismo, nenhum candidato por melhor que seja sua avaliação, deve contar vitória antes do resultado.

Quem é do ramo sabe que por aqui já ocorreram derrotas inesperadas. Basta apenas lembrar a frase de um saudoso político de que “a desilusão das urnas é pior que a desilusão amorosa”. Sendo assim, o ano de 2024 promete muita expectativa no campo eleitoral.

O quadro esculpido para a eleição municipal, contará com vários prognósticos. Certamente, o Palácio do Campo das Princesas terá uma candidatura oficial. Para tanto, alguns nomes são lembrados, mas nada que ultrapasse o campo especulativo. Embora exista quem queira medir a força política do governo estadual pela eleição municipal, acredito ser prematuro.

Mesmo assim, o desempenho eleitoral obtido pelo candidato da preferência da governadora, não escapará do estigma. Ainda nodoado pela polarização, muitos acreditam que a disputa se dará entre o candidato apoiado pelo atual presidente e o que tiver a “benção” do anterior. Talvez, o maior enigma é decifrar como uma esfinge, se o PT terá candidato próprio, ou apoiará o atual prefeito. Não apenas com o apoio formal, mas compondo a chapa, na esperança de que poderá voltar governar o Recife pelo menos dois anos.

Hely Ferreira é cientista político

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