A deputada estadual Gleide Ângelo (PSB) acompanhou o lançamento do programa Juntos Pela Segurança, nesta segunda-feira (27), mas confessou, ao Blog Dantas Barreto, que sentiu falta de prazos, argumentando que a governadora Raquel Lyra (PSDB) só anunciou a meta de redução da criminalidade em 30% até 2026. Também discordou quando a própria Raquel disse que a meta é ousada, lembrando que a meta do Pacto Pela Vida era 12% ao mês. Também presente no evento, o presidente do Simpol-PE, Áureo Cisneiros, disse que não houve anúncio de mais policiais civis. O Blog questionou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, sobre essas observações e ele prestou os esclarecimento, afirmando que as metas foram definidas conforme as condições financeiras e os prazos para por em prática as ações e obras.
“Faltaram prazos e metas, porque foi dito que vai reduzir a violência em 30% até 2026 nos crimes violentos, contra a mulher e roubo de carros. No Pacto Pela Vida eram 12% mensais. Os policiais concursados só vão entrar no segundo semestre de 2025. Em 2024 e na metade de 2025 será o mesmo efetivo. Então, não é um programa ousado. Disseram que vão construir complexos da Polícia Científica. Mas quando? Que vão construir delegacias. Quais? A violência contra mulher será prioridade, mas as oito delegacias que estão fechadas serão abertas quando? Vou esperar o material chegar ao gabinete para avaliar detalhadamente o programa”, ressaltou a deputada Gleide Ângelo.
Já Áureo Cisneiros destacou que, atualmente, a Polícia Civil tem 5.300 agentes investigativos, no entanto são necessários 11.029 nos quadros. “Além disso, há 1.400 agentes prestes a se aposentarem, e não foi anunciado concurso público para a Polícia Civil. Anunciaram construir delegacias, mas não terá efetivo para ocupar”, falou o presidente do Sinpol.
SECRETÁRIO
O secretário Alessandro Carvalho disse que o anúncio feito pela governadora Raquel Lyra foi claro quando ficaram estabelecidas as metas até 2026. “O prazo é dezembro de 2026. Serão muitas construções de batalhões, delegacias, unidades do Corpo de Bombeiros, reformas. São obras que dependem de projetos, licitação e as próprias construções. Além disso, criminalidade só reduz com efetivo e trabalho e os policiais concursados ainda serão convocados”, justificou.
Quanto ao número de policiais civis, o secretário disse que só será possível recompor os quadros quando houver folga orçamentária. “O Estado deseja ter mais policiais, mas tem que ter responsabilidade financeira. O que a governadora anunciou é porque tem dinheiro para aplicar”, acrescentou.