Foto: Cadu Gomes/VPR
Do Correio Braziliense
A comitiva brasileira que seguiu ontem para a Arábia Saudita e para a China, chefiada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, leva na bagagem não apenas a proposta de fechamento de acordos bilaterais entre o Brasil e esses países. Desta vez, uma das preocupações é atrair investimentos e serviços para o esforço de reconstrução do Rio Grande do Sul, em parte devastado pela enchente.
Não apenas por causa do peso do estado na formação do Produto Interno Bruto (PIB), mas porque reerguê-lo também representará oportunidades — sobretudo com soluções de infraestrutura que o tornem menos vulnerável aos fenômenos climáticos extremos.
Por sinal, mudanças estruturais para as cidades — com absorção de novas tecnologias e modernização de estruturas — estão no alto das prioridades da comitiva que desembarca em Riad e, na sequência, em Pequim. O Rio Grande do Sul tem tudo para ser a porta de entrada de novos elementos de reconstrução — criando condições para que sejam replicados em outros estados brasileiros.
Para o coordenador de Comércio Internacional da BMJ Consultores Associados, Josemar Franco, sobretudo em relação aos chineses, os brasileiros terão a oportunidade de avançar na diversificação dos produtos exportados. Atualmente, a pauta brasileira se baseia em soja, carnes e minérios — especialmente o ferro —, mas a pretensão é expandi-la para frutas, sorgo, nozes e gergelim. Para os chineses, o foco é infraestrutura.
“O Brasil está com uma vantagem muito robusta para ampliar sua infraestrutura. E tem a questão do Rio Grande do Sul — a China pode ser um parceiro estratégico. Tem também a expansão dos Brics, pretendida pela China e que o Brasil apoia com certa timidez”, frisou.