Por Rosana Hessel
Do Correio Braziliense
Conforme dados da sexta e última rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2023, divulgada nesta quarta-feira (20/12), a aprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fecha o primeiro ano do governo em 54% dos eleitores, mesmo percentual da rodada anterior, de outubro. E a desaprovação subiu um ponto percentual, para 43%.
No cômputo geral, a nota que o governo Lula recebe ao final de seu primeiro ano é de 5,7. E a grande maioria dos eleitores (88%) não se arrepende do voto.
Em linha com o desempenho na eleição, a aprovação é maior no Nordeste (70%), entre os mais pobres (64%), entre os eleitores pretos (63%) e católicos (61%), de acordo com a pesquisa da Quaest encomendada pela Genial Investimentos. Em relação a outubro, o desempenho registrou pouca variação.
A avaliação geral do governo Lula também mostra divisão, pois 36% fazem avaliação positiva — mesmo percentual da edição de abril –, 32% acham que o governo é regular e 29%, negativo. A mesma divisão ocorre na comparação dos eleitores com os dois mandatos anteriores do petista. O atual governo está pior para 36%, e melhor para 29%. E, para 32% o atual mandato está igual aos anteriores.
Em relação à polarização, na opinião de 58% dos entrevistados, o governo Lula contribuiu para dividir o país, contra 35% que avaliam o contrário, que Lula contribuiu para a união.
Otimismo com a economia
Apesar da polarização e do crescimento da desaprovação, os brasileiros estão otimistas com a economia, de acordo com o levantamento: 54% acreditam que a situação vai melhorar nos próximos 12 meses.
O otimismo está presente também no percentual dos que consideram que o Brasil está na direção certa passou de 43%, em outubro, para 45%, enquanto os que têm opinião contrária somam hoje 43%, com recuo de 6 pontos percentuais no mesmo período.
Segundo dados da pesquisa, esse otimismo também pode ser explicado pela avaliação do relacionamento de Lula com o Congresso Nacional. Para 50% o presidente tem mais facilidade do que Jair Bolsonaro nesse campo, com crescimento de nove pontos percentuais sobre a pesquisa de outubro. O percentual de entrevistados que consideram que essa relação mais difícil recuou de 43% para 36% na mesma base de comparação.
A Quaest realizou 2.012 entrevistas presenciais entre os dias 14 e 18 de dezembro, em todos os estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.