O ex-deputado estadual Waldemar Alberto Borges Rodrigues Filho faleceu, nesta sexta-feira (29), aos 93 anos, em casa. A causa ainda não foi informada, mas a família o encontrou deitado na própria cama. Deminha, como era conhecido, nasceu no Recife em 8 de novembro de 1930 e era pai do deputado estadual Waldemar Borges (PSB). Ele tomou gosto pela política quando ainda cursava Agronomia e, ao longo da vida, teve uma participação significativa no cenário político de Pernambuco.
Em 1962, assumiu a Superintendência para a Reforma Agrária, quando passou a ter ligações com os sindicatos rurais e a Liga Camponesa. Numa das entrevistas que concedeu, Deminha contou que, ainda na madrugada de 1º de abril de 1964, o então governador Miguel Arraes fez o pedido para reunir um grupo de camponeses a fim de resistir ao golpe militar.
Em virtude da sua participação política, foi para a clandestinidade, aos 33 anos. Nesta época, foi convencido a disputar um mandato de deputado estadual e, apesar da pouca estrutura, foi eleito com 4.800 votos pelo MDB.Em 1969, contudo, teve o mandato cassado. No entanto, voltou a mobilizar os movimentos camponeses e partiu para o exílio, no Paraguai. Mesmo longe, Deminha continuou participando dos movimentos sociais.
Após seis anos no país vizinho, recebeu convite para trabalhar nas Organizações dos Estados Americanos (OEA), em Washigton, onde ficou por 10 anos. Só em 1987 Deminha retornou ao Brasil, quando Miguel Arraes assumiu o Governo de Pernambuco pela segunda vez, para comandar o Prorural. Também foi secretário adjunto de Agricultura, no governo de Carlos Wilson, e depois coordenou o Dnocs no Estado. Já na gestão do governador Eduardo Campos, atuou no Promata.