Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Recentemente, quando esteve em Suape na comitiva do presidente Lula, o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já vinha sendo fritado por conta da disputa interna no Governo. Mas fez um discurso tão entusiasmado sobre o presidente Lula, que quase não falou sobre o início das obras do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima. Talvez achasse que levantando a bola do chefe seria o suficiente para continuar no cargo. Só que a demissão de Prates, como estamos vendo, foi traumática. Lula o demitiu diante dos seus dois principais desafetos, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), depois de Prates não entregar o cargo por livre e espontânea vontade. O desgaste começou porque agora ex-presidente da Petrobras ficou contra reter os dividendos extraordinários da empresa, mas foi voto vencido. Porém, depois o Governo voltou atrás e aceitou distribuir 50% dos tais dividendos. E até o final do ano deve distribuir a outra metade. Mesmo assim, não havia mais clima e Lula decidiu sacrificar Jean Paul Prates para colocar Magda Chambriard no seu lugar. Como consequência econômica, as ações da Petrobras despencaram e seu valor caiu para R$ 35 bilhões. O problema de troca frequente de comando da petrolífera não é de hoje. Vimos isso no Governo Bolsonaro e agora a história se repete sob a batuta de Lula. Nos últimos três anos, a Petrobras teve seis presidentes. É algo que assusta o mercado, mas, por incrível que pareça, a empresa sempre sobrevive ao uso político e até aos desvios.
Lula aproveitou para trocar
O presidente Lula aproveitou que Paulo Pimenta é gaúcho e o relocou para o Ministério de Reconstrução do Rio Grande do Sul. Como não dá para resolver tudo em seis meses, ele não deve voltar à Secretaria de Comunicação Social. O jornalista Laércio Portela, que assumiu interinamente, pode demorar mais tempo no cargo. Ou o PT indicará alguém. A comunicação é um dos calos do Governo.
Zé Neves sai da PCR
José Neves (PSD) entregou o cargo de assessor especial do prefeito João Campos (PSB). “Onde estava não fazia o meu perfil. Agora aguardo minha nova missão”, justificou. Zé Neves disse que vai se dedicar à campanha de Daniel Coelho (PSD) e não será candidato a vereador.
Tentativa de união
Em Timbaúba, a oposição tem quatro nomes contra o prefeito Marinaldo Rosendo (PP). O ex-prefeito Ulisses Felinto (Republicanos) acredita que pode haver um entendimento com os outros três. Em 2020, Ulisses perdeu para Rosendo por apenas três mil votos.
Não quer encrenca
Assessor especial do BNB, André Campos, disse, na Rádio Folha, que voltou ao PT para ser candidato a vereador do Recife, mas avisou: “Não me chamem para encrenca”. Apesar de querer ficar longe das confusões internas, avalia que o deputado João Paulo está equivocado ao apoiar projetos do Governo e defender uma maior aproximação com a governadora Raquel Lyra (PSDB).