Ex-líder da oposição na Assembleia Legislativa, a deputada Dani Portela (Psol) engrossa o coro contrário à convocação extraordinária para votação de projetos enviados pelo Governo do Estado. Segundo ela, são propostas que precisam ser amplamente debatidas e não serem aprovadas a toque de caixa. Apesar de o Governo garantir que não há risco de prejuízo aos servidores, no caso da adesão ao PEF, Dani afirmou, na entrevista à Rádio Folha nesta quinta-feira (4), que vários serão afetados para o resto da vida.
A deputada lembra que “todo mundo sabe que a casa legislativa tem recesso,” no entanto os projetos foram enviados na véspera das férias dos parlamentares. Dani citou que um deles trata de autorização de privatização de estatais, reformas previdenciária e administrativa, coloca teto de gastos.
“O projeto chegou para ser aprovado sem o deputado ter tempo para estudar. O presidente Álvaro Porto poderia fazer uma auto convocação e estamos prontos para trabalhar, mas não dá para aprovar a toque de caixa”, ressaltou.
Quanto ao pedido de empréstimo de R$ 652 milhões, Dani Portela observa que não há indicação sobre a aplicação de R$ 400 milhões. Ela lembrou que, no ano passado, a Assembleia aprovou empréstimo de R$ 3,4 bilhões. “No final da gestão, vai estar o Estado super endividado. Isso não vai ser feito de forma açodada. A Casa tem que seguir os prazos regimentais”, ressaltou a deputada.