Uma comitiva do Sertão pernambucano está na Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na tentativa de reivindicar ao presidente Lula a inclusão do Projeto Ramal do Entremontes no Novo PAC. O projeto teve início no Governo Dilma Rousseff, mas desde então está paralisado. O grupo ressalta que o projeto atenderia a cinco municípios, 300 mil habitantes e beneficiaria 25 mil hectares com as águas do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, tornando a região um novo polo agrícola do Estado.
O prefeito de Granito, João Bosco (PT), falou que, se o projeto sair do papel, “vai perenizar o Rio Brígida e encher as barragens da região”. “Isso vai criar condições para atrair grandes empresas para investir na produção de frutas e verduras”, ressaltou. Além de Granito, as outras cidades que podem ser beneficiadas diretamente são Parnamirim, Terra Nova, Ouricuri e Orocó. Outro município seria Cabrobó.
O vice-prefeito de Parnamirim, Renê Alencar (PT), disse que o Projeto Entremontes seria tocado pelo Ministério da Integração Nacional e, quando foi elaborado, estava orçado em R$ 950 milhões. “Hoje seria em torno de R$ 1,9 bilhão. É um investimento que vai transformar o Sertão do Arararipe e o Sertão Central numa nova Petrolina. São 25 mil hectares de água irrigada, para gerar 22 mil empregos diretos e 70 mil indiretos. Por isso estamos lutando para que se torne realidade. Estamos aqui tentando apresentar ao presidente Lula, mas já conversamos com os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão e com o deputado Carlos Veras”, disse Renê.
Além do prefeito João Bosco e o vice-prefeito Renê Alencar, a comitiva é composta pelo secretário de Agricultura de Parnamirim, Geraldo Lustosa, e pelo membro do PT de Parnamirim, Ivan Júnior.