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Bolsonaro chama Elon Musk de “mito” em ato no Rio

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Do Correio Braziliense

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve presente em um ato, neste domingo (21/4), no Rio de Janeiro, e reuniu uma multidão de apoiadores em frente à praia de Copacabana. Bolsonaro afirmou que o protesto é em defesa da liberdade de expressão e exaltou em seu discurso o empresário e dono do X (antigo Twitter), Elon Musk.

O pronunciamento de Bolsonaro durou cerca de 40 minutos e em determinado momento, ele pediu uma salva de palmas para Musk, a quem chamou de “mito” e “defensor da liberdade de expressão”. O empresário é alvo de um inquérito aberto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o ex-presidente o definiu como “um homem que teve a coragem de mostrar para onde a nossa democracia estava indo”.

“Quando estive com Elon Musk, em 2022, começaram a me chamar de ‘mito’. Eu disse ‘não, aqui sim temos um mito da liberdade: Elon Musk’”, comentou ele.

O ex-presidente se defendeu, afirmando que seu governo nunca jogou “fora das quatro linhas da Constituição”, que não elaborou “minuta do golpe” alguma e que “estado de sítio é proposta que um presidente pode submeter ao Congresso”. “Você viu a minuta de golpe? Nem eu. Eu quero ver, o povo quer ver e a imprensa também”, disse ele aos jornalistas, após discurso.

Em cima de um trio elétrico, Bolsonaro disse ser vítima da “covardia” de um “sistema” que o quer “fora de combate em definitivo”. O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposta fraude em cartões de vacinação e a investigação aponta que este episódio teria ligação com a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro do ano passado, quando manifestantes golpistas atacaram os prédios-sede dos Três Poderes. Evitando complicar a situação do ex-presidente, a organização do evento pediu que os participantes não levassem faixas ou cartazes. 

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento, afirmou que Alexandre de Moraes seria uma “ameaça à democracia”, devido a diversas decisões consideradas arbitrárias. O pastor da Assembleia de Deus avaliou o inquérito das fake news, que é relatado pelo ministro, como uma “aberração jurídica”.

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