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Do Correio Braziliense
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu neste domingo (25/2) que o Congresso Nacional prepare um projeto de anistia para os presos durante os atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram depredadas, em Brasília. Bolsonaro discursou durante manifestação na Avenida Paulista, que reuniu parlamentares, governadores e milhares de seus apoiadores nas ruas. Segundo ele, é preciso libertar os “pobres coitados” que foram presos após os atos, mas punir quem participou da depredação.
“Por parte do Parlamento brasileiro, [deputados] Nikolas [Ferreira], Zucco, [Marco] Feliciano, meus colegas aqui do lado, é uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos”, declarou o ex-presidente. “Nós já anistiamos, no passado, quem fez barbaridade no Brasil”, emendou.
O ato foi convocado em defesa de Jair Bolsonaro, alvo de investigação pela Polícia Federal, pelo suposto planejamento de um golpe de Estado, com a participação das Forças Armadas.
“Quem porventura depredou patrimônio, que nós não concordamos com isso, que paguem. Mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade. Nós não podemos entender o que levou poucas pessoas a apenaram tão drasticamente esses pobres coitados que estavam lá no 8 de janeiro de 2023”, disse ainda Bolsonaro.
As penas contra os participantes dos atos golpistas, julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), chegam a 17 anos de prisão.
Governadores
Ao menos quatro governadores marcaram presença no ato: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.
O governador Tarcísio de Freitas, na sua fala, elogiou e relembrou feitos do governo passado. Para ele, Bolsonaro “não é mais um CPF”, mas representa um movimento. Também citou feitos do governo passado, como o auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia da covid-19, o benefício emergencial para empresas, e a criação do Pix.
O governador de São Paulo também atribuiu a Bolsonaro sua ascensão na política. “Minha gente, quem eu era? Eu não era ninguém. E o presidente apostou em pessoas como eu, como tantos outros que surgiram, que tiveram posição de destaque porque ele acreditou. Nunca pegou nada para si, sempre entregou o crédito para quem trabalhava com ele”, enfatizou.