Com informações do Correio Braziliense
Foto: Marcelo Camargo/ABR
O presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quinta-feira (11/4), enquanto cumpria agenda em Londrina (PR), que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é um “desafeto pessoal” e “incompetente”. O ministro é responsável pelas articulações entre o Palácio do Planalto e o Congresso.
Lira foi questionado sobre a votação na Câmara que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Frano, e se a decisão seria um indicativo de um certo enfraquecimento de sua liderança na Casa.
“Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei bem claro ontem, a votação foi de cunho individual. Cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver (com influência)”, disse Lira.
O presidente da Casa Baixa completou, ainda, avaliando como “lamentável” que membros do governo Lula estejam “plantando mentiras”. “É lamentável que integrantes do governo, interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes, fiquem plantando essas mentiras, notícias falsas, que incomodam o parlamento. E, depois, quando o parlamento reage, acham ruim”, pontuou ele.
PACHECO
Após Arthur Lira tecer críticas ao ministro Alexandre Padilha, e afirmar que o tem como “desafeto pessoal”, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou sobre o atrito e disse que é preciso saber “conviver com as divergências”.
“Nós temos que evitar esse problemas. O Brasil já tem muitos problemas e temos que buscar, sempre, as convergências”, alfinetou Pacheco. O senador reforçou que sempre busca manter uma boa relação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porque “ninguém é perfeito, mas também ninguém é tão mau assim”.
Pacheco aproveitou para elogiar Padilha e contrapor Lira, que chamou o ministro de “incompetente”. “Eu me esforço muito para manter uma boa relação com o governo e com o ministro Padilha, por quem eu tenho afeição, simpatia e considero competente”, frisou. “Na parte do Senado, vamos buscar ter o melhor relacionamento possível com o governo e com Padilha”, garantiu.