Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, neste sábado (16/12), a aprovação da reforma tributária. O chefe do Executivo destacou que a medida passou apesar do governo ter minoria no Congresso. A declaração ocorreu durante a cerimônia de assinatura de contrato para construção do primeiro módulo do empreendimento Copa do Povo, do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em Itaquera, São Paulo.
“Ontem, nós conseguimos aprovar, pela primeira vez na história da República Brasileira, uma política de reforma brasileira numa votação democrática num Congresso em que a gente tem minoria”, apontou.
Lula agradeceu aos ministros e governistas o esforço em emplacar a agenda. “Mas a capacidade do Haddad, do Alexandre Padilha [ministro das Relações Institucionais], do senador Jaques Wagner, do deputado Zé Guimarães e de todos os deputados foi tão grande que a gente, pela primeira vez na história, conseguiu aprovar uma reforma tributária para facilitar o investimento, para facilitar o pagamento de imposto pagar mais quem ganha mais e pagar menos quem ganha menos, para que a gente melhore a vida do povo brasileiro”, emendou.
“Quero agradecer ao Padilha. O Padilha tem uma função especial, ele é coordenador do governo junto ao Congresso. É o cara que mais apanha, é o cara que é mais cobrado, porque ele vai fazer acordo, ele fica prometendo coisa, depois a gente não pode entregar a coisa que ele promete”, acrescentou.
“Aí as pessoas querem dificultar a votação, aí tem que entrar o Haddad, tem que entrar o Wagner. Aí, por último, quando não tem mais jeito, tem que entrar eu, para atender a demanda que ele prometeu e que a gente tem que cumprir. Porque eu sou de uma geração que, quando a gente promete, a gente cumpre”.
Por fim, o petista pediu uma “salva de palma especial” para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela “coordenação” da reforma. “O que aconteceu ontem foi um fato histórico que o Haddad merece salva de palma especial por ter coordenado isso”, concluiu.
Com o plenário praticamente vazio, mas com 510 presenças marcadas — por meio da votação remota, já que boa parte dos deputados retornou aos respectivos estados —, a Câmara aprovou, com 365 votos favoráveis e 118 contrários, além de uma abstenção, a histórica reforma tributária, debatida por mais de 30 anos.